quarta-feira, 8 de julho de 2020

Anotação:


Tijuca Atra Ferrusac é uma pássaro conhecido como saudades. Também chamada
 de saudade-assoviadora, devido ao seu canto, que se parece com um longo e melan-
cólico assovio.Vive principalmente no alto das Serras da Mantiqueira (MG, SP, RJ), 
da Bocaina e do Mar.É um pássaro quase ameaçado de extinção.

 Realizar alguns entalhes de pássaros em árvores. Aqueles que estão em desaparecimento. Deixar marca de algo que ainda existe, um rastro. O que a proposta pode despertar na conversa com os outros? Histórias de pássaros. 
Trocas a serem anotadas.



Processo entalhe em madeira, pássaro saudades.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Nhandu


"Apesar da grande semelhança entre emas e avestruzes, as duas espécies estão classificadas em ordens diferentes. A avestruz é da ordem dos Struthioniformes, já a ema, dos Rheiformes, que apresenta distribuição geográfica restrita ao continente sul-americano. A ema (Rhea americana) é conhecida também regionalmente como nhandu, ñandú (que significa “a corredora” em guarani), maa, congo e avestruz. Na Bolívia é chamada de piyo e os índios pampas denominavam-na choique. Nos países da América do Norte e Europa também é chamada de avestruz sul-americano. O avestruz (Struthio camelus) é uma ave não voadora, originária da África. É a única espécie viva da família Struthionidae, do gênero Struthio e da ordem das Struthioniformes. São considerados a maior espécie viva de ave."

Enviado por Maria Ivone dos Santos (citação desconhecida)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Colibri de Barba Azul um ano depois

Saudades, entalhe sobre madeira (colibri da barba azul), Pablo VI (Bogotá), 2016.
 
 
 

 


Saudades, entalhe sobre madeira (colibri da barba azul), Pablo VI (Bogotá), 2016.
 


domingo, 18 de outubro de 2015

Blue Cheeks

 



Nas sociedades dos periquitos todos são iguais. Sendo nômades, também não se interessam por disputas territoriais. Quando um bando de periquitos chega perto de outro, eles se fundem e seguem juntos como se nunca tivessem existido de outra maneira. Quando se separam é só até o próximo encontro fortuito. Assim era o meu periquito, aliás, era eu que era dele, porque ele era meu único, mas teve a todos que por aqui passaram. Com ele aprendi a ser periquito, mas ele comigo só aprendeu a ser humano e por isso ele se foi, cedo demais, porque a ninguém nunca fez bem ser humano. E eu fiquei aqui, periquita sem asas, porque ele voava comigo e eu voava com ele.

Yara Dewi Howe
 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Banho no quintal


Annaline Curado

terça-feira, 8 de setembro de 2015

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Colibri de barba azul



Saudades, entalhe sobre madeira (colibri da barba azul), Pablo VI (Bogotá), 2015.





 Saudades, entalhe sobre madeira (colibri da barba azul), Pablo VI (Bogotá), 2015.






Imagens: Clemencia C.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Lembrança 07

flamenco.jpg

Laura Sôro

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Lembrança 06





Cacilda Montelli 


E sonhei  que eu ia saindo para trabalhar e quando eu saia elas iam:

-Tchaaau, tchaaau...

Eu dizia para o Horácio:

-Tchaaau pai...

Quando eu ia sair e ele respondia:

-Tchaaau...

E elas escutavam e diziam:

-Tchaaau pai!

Elas me remedavam e remedavam ele. Deixa eu te contá. Quando o pai comprou elas, ele deixou as pobrezinha dentro de um agaiolão fechado, pobrezinha sem água e sem comida. E ai eu chamei a enfermeira, para dar injeção no Horácio quando tava doente e a enfermeira passou e disse assim:

-Que engraçado, quando eu passei na casa que estava em construção aqui, alguém me chamou de Aurora

Ai eu disse para ela:

-De Aurora?

Ela disse:


Ai eu disse:

-Ah mas eu vou la vê  se tem alguém dentro da construção.

Eu entrei e não tinha nada. Ai quando eu fui sair eu ouvi:

-Aurooraaa! Aurooraaa!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Trecho de passarinho



"O rio, objeto assim a gente observou, com uma croa de areia amarela, e uma praia larga: manhã-zando, ali estava re-cheio em instância de pássaros. O Reinaldo mesmo chamou minha atenção. O comum: essas garças, enfileirantes, de toda brancura; o jaburu; o pato-verde, o pato-preto, topetudo; marrequinhos dançantes; martim-pescador; mergulhão; e até uns urubus, com aquele triste preto que mancha. Mas, melhor de todos – conforme o Reinaldo disse – o que é o passarim mais bonito e engraçadinho de rio-abaixo e rio-acima: o que se chama o manuelzinho-da-c'rôa. Até aquela ocasião, eu nunca tinha ouvido dizer de se parar apreciando, por prazer de enfeite, a vida mera deles pássaros, em seu começar e descomeçar dos vôos e pousação. Aquilo era pra se pegar a espingarda e caçar. Mas o Reinaldo gostava: - “É formoso próprio...” – ele ensinou. Do outro lado, tinha vargem e lagoas. P’ra e p’ra, os bandos de patos se cruzavam. – “"Vigia como são esses..."” Eu olhava e me sossegava mais. O sol dava dentro do rio, as ilhas estando claras. "“É aquele lá: lindo!"” Era o manoelzinho-da-crôa, sempre em casal, indo por cima da areia lisa; eles altas perninhas vermelhas, esteiadas muito atrás traseiras, desempinadinhos, peitudos, escrupulosos catando suas coisinhas para comer alimentação. Machozinho e fêmea às vezes davam beijos de biquinquim – a galinholagem deles. "É preciso olhar para esses com um todo carinho..."” Reinaldo disse. Era... De todos, o pássaro mais bonito e gentil que existe é mesmo o manuelzinho-da-c'rôa.”"

Guimarães Rosa
(Bebeto bahia)