domingo, 28 de julho de 2013

Crejoá




Saudades, entalhe sobre madeira (crejoá), São Paulo, 2013.





Saudades, entalhe sobre madeira (crejoá), São Paulo, 2013.


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Lembrança 2

Aves migratórias

Sempre quis voar longe

Pés nos chão não são o meu forte hoje ainda. 

Mas que vôo vôo

Como a mãe sonhou em voar um dia

Sou um lado alado seu

que voa

e que volta de baixo da asa para se preparar para um vôo mais...

profundo.

Em vento novo encontro outros pássaros

Tenho alguns amigos passarinhos assim também

com plumagens diferentes

e cantos parecidos. 

Por mais que voemos em distâncias opostas

Nosso cantar ressoa

Nosso radar capta um pouquinho

E sente alegria em observar o amor contido em cada refrão.


Thais Leite

terça-feira, 9 de julho de 2013

Bicudo




Saudades, entalhe em madeira (Bicudo), São Paulo, 2013.






Saudades, processo de entalhe sobre madeira (Bicudo), São Paulo, 2013.






Saudades, árvore (suporte para entalhe sobre madeira), São Paulo, 2013.





segunda-feira, 8 de julho de 2013

Lembrança 1

Parece que toda saudade vem companhada de uma lembrança, de uma história. Há saudades que a gente não sabe bem do que é. Toda saudade tem seu canto, até essas que não se sabe deve ter o seu. Esse canto do pássaro representa tão bem a saudade, já que é um pássaro e que está voando, nalgum canto/lugar. A saudade é o que não tem, a gaiola vazia, a presença da ausência que agora voa, pássaro, e canta. Canta dentro, uma extinção que existe viva e que é lembrança de asas. Uma vez cuidei dum filhote de passarinho até ele voar. Não voltou, saiu cantando. Um bem-ti-vi que não vi mais. Só a  saudade é que tá presa, arrumei uma gaiola pra ela. Porque a liberdade é dura e empalha nessas horas.
A gente vive costurando saudades.
Você disse da pintura como escavação, achei bonito demais e pensei que na paleta também há esse terreno que pode ser escavado. Saudade também pode ser escavada.

José Alberto Bahia