sexta-feira, 23 de agosto de 2013

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Sem nome



Saudades, primeiro teste, fevereiro de 2013.



 Saudades, primeiro teste, fevereiro de 2013.






sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Lembrança 4

Meu pai me levava ao zoológico do Rio de Janeiro (Quinta da Boa Vista) com certa frequência  Gostava muito. Tinha uma foto de minha avó materna, que foi visitar-nos, com arara(s) ao fundo, tirada neste zoo. Meu pai também adquiriu periquitos, provavelmente selvagens, que mantínhamos na lavanderia. Ainda do Rio de Janeiro tenho recordações da grande quantidade de urubus, na orla marítima, ao lado da rodovia, quando íamos visitar amigos de meu pai. Vinhamos a São Paulo passar o fim de ano na casa de meus
avos em Mairiporã  Não raro beija-flores adentravam na casa e minha avó, ou alguém mais, procuravam apressadamente devolver a curiosa ave ao seu ambiente. Já em São Paulo  quando íamos ao mercado  central da Cantareira para compras, ficava fascinado com uma ala onde vendiam grande quantidade de aves, de diferentes cores,tamanhos e formas. Meu primo tinha um canário da terra que cantava muito, talvez estimulado pelo som produzido pela bomba que puxava água do poço. Tive periquitos australianos e criei canários no apartamento onde morávamos. Tenho boas recordações de quando ouvia o canto das aves, particularmente da juriti, inhambu e uru, na casa do meu avô. E agora, sexagenário  passo o meu tempo a escrever algumas notas sobre Claravis geoffroyi (ex godefrida).

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Lembrança 3

A galinha burra

Queria te pedir desculpas, Ícaro. Sou toda arrependimento saboroso, assado, frito ou cozinho, até mesmo cru, por ter me deixado capturar e ser espremida com outras galinhas alucinadas feitas pela indústria, não pela divindade perfeita que fez vocês. Minhas ancestrais não aprenderam a voar em direção ao sol.

Sei muito bem o quanto te prejudico a sociabilidade e o orgulho de si mesmo quando espicho o pescoço para fora da gaiola e demonstro não compreender sua insistência naquilo de que já desisti, como velha que sou, uma galinha velha de dois meses e bico cortado debaixo de uma luz que não me deixa dormir, desesperada de frente para sua razão e sangue frio superiores, a preferência onívora, a riqueza dos movimentos motorizados. Enquanto que a minha situação fica cada dia mais constrangedora. Nem mesmo sei exatamente o que quer dizer a palavra pecuária, pois não tive oportunidades com a cultura humana.


domingo, 28 de julho de 2013

Crejoá




Saudades, entalhe sobre madeira (crejoá), São Paulo, 2013.





Saudades, entalhe sobre madeira (crejoá), São Paulo, 2013.


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Lembrança 2

Aves migratórias

Sempre quis voar longe

Pés nos chão não são o meu forte hoje ainda. 

Mas que vôo vôo

Como a mãe sonhou em voar um dia

Sou um lado alado seu

que voa

e que volta de baixo da asa para se preparar para um vôo mais...

profundo.

Em vento novo encontro outros pássaros

Tenho alguns amigos passarinhos assim também

com plumagens diferentes

e cantos parecidos. 

Por mais que voemos em distâncias opostas

Nosso cantar ressoa

Nosso radar capta um pouquinho

E sente alegria em observar o amor contido em cada refrão.


Thais Leite

terça-feira, 9 de julho de 2013

Bicudo




Saudades, entalhe em madeira (Bicudo), São Paulo, 2013.






Saudades, processo de entalhe sobre madeira (Bicudo), São Paulo, 2013.






Saudades, árvore (suporte para entalhe sobre madeira), São Paulo, 2013.





segunda-feira, 8 de julho de 2013

Lembrança 1

Parece que toda saudade vem companhada de uma lembrança, de uma história. Há saudades que a gente não sabe bem do que é. Toda saudade tem seu canto, até essas que não se sabe deve ter o seu. Esse canto do pássaro representa tão bem a saudade, já que é um pássaro e que está voando, nalgum canto/lugar. A saudade é o que não tem, a gaiola vazia, a presença da ausência que agora voa, pássaro, e canta. Canta dentro, uma extinção que existe viva e que é lembrança de asas. Uma vez cuidei dum filhote de passarinho até ele voar. Não voltou, saiu cantando. Um bem-ti-vi que não vi mais. Só a  saudade é que tá presa, arrumei uma gaiola pra ela. Porque a liberdade é dura e empalha nessas horas.
A gente vive costurando saudades.
Você disse da pintura como escavação, achei bonito demais e pensei que na paleta também há esse terreno que pode ser escavado. Saudade também pode ser escavada.

José Alberto Bahia

sábado, 19 de janeiro de 2013

Caboclinho do papo branco




Saudades, entalhe em madeira (Caboclinho do papo branco), São Paulo, 2013. 







Saudades, entalhe em madeira (Caboclinho do papo branco), São Paulo, 2013.